Afogado em leituras que mixam reflexões e críticas sobre como o cinema e os jogos eletrônicos se aproximam e distanciam, assim como a realidade se distorce a cada geração tecnológica de experiências, me peguei pensando sobre O QUE É ARTE.
Essa palavra dolorosa tem sido uma incógnita há alguns anos, a ponto de eu sequer identificar arte no meu próprio fazer arte.
Mas, com os pés molhados embaixo do sol quente e tentando não pensar na insignificância da vida mundana, algumas ideias começaram a esquentar na minha cabeça, e é claro que eu nunca vou concluir o que é arte — tal como eu estou pouco me fudendo para o que você ou outras pessoas acham que é.
Porém, nós precisamos de um chão, de um significado, um pouco de sanidade mesmo que no escuro... eu acho.
ARTE é um esforço frustrado da humanidade em por em palavras, formas, desenhos ou sons aquilo que se sente. Frustrado pois enquanto não conseguirmos remover e inserir uma experiência entre pessoas, nada irá traduzir essa experiência.
De certa forma, pelo menos neste momento, entendo que a arte é essa ilusão solitária de que estamos propagando algo, mas não passa de um olhar otimista, pois ninguém sabe o que estamos fazendo.
Cada realidade criada a partir de uma obra é subvertida, destruída, mastigada, pela realidade criada a partir dela por quem a aprecia.
Entender o que é a arte não vai mudar minha vida ou a sua, mas tem certos mistérios que não conseguimos ignorar, e por mais que ninguém se entenda, vamos sempre continuar fazendo essa merda.
Nota: isso não é um esforço intelectual, uma concepção acadêmica ou mesmo uma formulação teórica. É uma poesia, não entendeu?
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