Violentas como o passado que se esmigalha por detrás dos olhos
E o mar puxa furioso
O pouco que resta de suspiros, mas deixa a dor do tempo implacável
Enquanto o sol se põe no horizonte
As pegadas na areia se transformam em melodias esquecidas
Melodias esquisitas, esguias, murmúrios, lástimas, lágrimas, sangue
As pegadas então queimam
De fora para dentro, até os ossos
Além dos ossos
No vazio, aquele profundo e perdido
As brisas encobrem os suspiros
As brisas encobrem os soluços
As brisas encobrem as lembranças
E quando o mar toma de volta o que é seu
Não há mais nada do que um dia existiu ali
Ao menos, que seja doce
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