Todas as noites meu suor azedo é um repúdio ao ontem, amanhã e ao agora, enquanto a liberdade se desfaz em uma corrente que me prende em uma realidade incapaz de preencher meus vazios.
E eu tento, com futilidades.
Tantas palavras pra justificar isso... essa sensação de que tudo está perdendo a sua verdade, perdendo o sentido, e observar o canto vazio do meu quarto se torna mais prazeroso do que a foda, uma pizza suculenta ou a porra de um vinho.
As microrrealidades já não são suficientes para sustentar o sistema e eu me sinto derretendo sobre essa merda iludida que você chama de alegria, tão passageira quanto um relâmpago que podia cair sobre meu peito, mas me castiga apenas pelo desejo.
Já tentei tantas ilusões, me provoquei tantos prazeres básicos e simulei tantas emoções que me sinto como o limão espremido, desgraçado e no seu fim... ainda assim, sou mais um glitch nesse sistema corrosivo como você.
Um ser que se alimenta de impulsos temporários pois mais do que se odiar, acredita nesse amor por alguém, alguém que está ali, e que precisa do seu amor e você sabe... mas quando o relógio chama a meia-noite tu percebe que seja como for, para quem se foi, sinto apenas que... faz sentido não haver sentido e lamento não ter sua fibra.
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