Obs.: O conteúdo está na língua original, para manter a essência, claro, mas quem quiser conferir o material traduzido, é só acessar: O Acordo (The Deal)
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Bom, ficou visível os extremos nesta história. É
também notável a forma como o uso do termo “amor” é exagerado, mas pode ser
interpretado de diversas formas. Temos em mente que o Batman e o Coringa são
rivais triviais, o oposto da mesma moeda. O morcegão é regido pelos valores
pessoais, e inspirado no típico heroísmo grego, como honra, verdade e justiça,
e isto está tão fixado em seu personagem que o impede de matar e também de
deixar que outros morram, mesmo que sejam atos sóbrios dos próprios vilões. Ele
é um extremo. O Coringa possui um espírito que desloca tudo o que é o Batman,
ele busca destruir, desconstruir, desorganizar, alterar os padrões mas em um
outro extremo, sem piedade e também cruel. Mas assim como ambos são extremos,
eles possuem uma visão, de forma tênue, inversa um do outro.
Batman considera o Coringa como uma abominação, um
monstro, uma ameaça, e quer transformá-lo, retirá-lo desta realidade, e
querendo ou não, poupar a vida do vilão sempre que está prestes a ter o
resultado dos conflitos em seus encontros, é uma via para tentar “salvá-lo”
deste monstro interior, tirá-lo deste extremo, assim como o Coringa quer
corromper o Batman, transformar ele uma abominação, e está sempre tentando
levá-lo ao extremo para torná-lo de fato, um monstro.
Essa imagem onde o Coringa parece enganar ou abrir
os olhos do Batman - dependendo do seu ponto de vista -, é o que torna está
fanfic interessante. Não haveria sentido para que o herói tomasse tal atitude
sendo que ele é inspirado em valores tão nobres, mas por outro lado, a forma
como o Coringa destaca um ser do outro, mostra que um só existe pelo outro, como
em um ciclo infinito, e mesmo que um morra, surgirá outro para substituir e
continuar está caçada infinita.
É algo sutil, e peculiar, mas Preciado conseguiu
erguer este diálogo de uma forma trivial, e a narração de desfecho impõe que
aquela ilusão poderia ter seguido outro caminho. A proposta do suicídio poderia
ter sido simplesmente anulada pelo Batman; já que tudo era ilusão, não havia
necessidade de ambos agirem como agiram, mas o morcegão cedeu, abriu mão do que
realmente era e imergiu em uma filosofia indo além do bem e do mal, da
coexistência de tais polos, ele via apenas a relação tênue, sombria, e ao mesmo
tempo distinta e doce.
Se é isto, não tenho certeza, sei que o roteiro
ficou no mínimo interessante e é muito válido para se refletir sobre esta
relação entre os personagens. E você, o que achou?
ei, o link que você colocou só pode ser acessado com senha. :(. enfim, fui ler e achei genial. principalmente pelo final, os dois acabaram morrendo, segurando as mãos um do outro. é meio que se um não existisse sem o outro. naquela dualidade bem x mal.
ResponderExcluirOie Emilie, eu já arrumei o link :D Obrigado rs. E sim, é bastante poético, esse final não me chocou, mas me emocionou *.*
Excluirxoxo
Achei genial! E esse final? ADOREI ♥
ResponderExcluirwww.dai-sies.blogspot.com
Olá Luísa,
ExcluirSim, o final ficou lindo, muito filosófica a história toda *.*
Obrigado pela visita, querida
xoxo